Hoje recebemos Natália Leite, especialista em liderança feminina e comunicação assertiva, que compartilhou conosco sua visão sobre como aprender a falar e ser ouvida. Com uma trajetória incrível, Natália é mestre em ciência da informação, TEDx Speaker e cofundadora da Sonata Brasil, escola especializada em aceleração de carreiras de mulheres. Seu livro “2 pra mim – Autoconhecimento Feminino em Dois Minutos ao Dia” já impactou milhares de mulheres ao redor do Brasil.

A jornada de Natália Leite na comunicação e liderança feminina

Natália tem uma trajetória única, iniciando sua carreira no jornalismo em grandes emissoras de TV. No entanto, sempre nutriu um interesse profundo pela temática feminina e pelo impacto do autoconhecimento no desenvolvimento das mulheres. Com certificações em Estratégias para Liderança pela Universidade de Harvard e em Psicologia Positiva pela Universidade de Lisboa, ela dedicou sua vida a ensinar mulheres a se posicionarem com segurança e clareza.

Ela nos contou que sua paixão por liderança feminina tem raízes profundas em sua história familiar. Sua avó, que foi retirada da seca nordestina na década de 1920, tinha uma vida marcada por desafios e, como muitas mulheres da época, carregava o peso do silêncio e da resignação. Essa realidade inspirou Natália a buscar caminhos para as mulheres do passado de submissão e condicionamento, ajudando-as a conquistar seu espaço com confiança e autenticidade.

Posicionamento e comunicação assertiva

No bate-papo, Natália trouxe insights valiosos sobre a dificuldade que muitas mulheres enfrentam ao se posicionar. O medo de desagradar, a cultura da modéstia excessiva e a tendência de evitar conflitos são barreiras invisíveis que limitam o crescimento feminino.
Ela explicou que um dos grandes desafios para as mulheres é a falsa crença de que precisam ser boas em tudo. Essa mentalidade cria um ciclo de exaustão e autossabotagem. Para quebrar esse padrão, ela destacou a importância de três pilares fundamentais para a comunicação assertiva:
• Autoconhecimento: Saber quais são seus pontos fortes e fracos permite que a mulher se posicione com segurança, sem tentar agradar a todos.
• Limites claros: Estabelecer limites preserva as relações e evita desgastes desnecessários. “Não” é uma frase completa e não precisa de justificativa.
• Treinamento contínuo: A comunicação assertiva é um músculo que precisa ser exercitado. Quanto mais a mulher pratica se posicionar, mais natural e fluida se torna sua fala.

Lidando com conflitos e autogestão

Outro ponto essencial levantado por Natália foi a relação entre comunicação e gestão emocional. Ela reforçou que aprender a lidar com conflitos é uma habilidade indispensável para se posicionar sem medo. Fugir de conflitos não é a solução. Pelo contrário, ela ensina que o verdadeiro crescimento acontece quando a mulher aprende a gerenciar desacordos e a reparar relações de forma saudável.

Além disso, ela ressaltou que, no mundo profissional, muitas mulheres sofrem com a sobrecarga mental por não conseguirem delegar tarefas e pedir ajuda. A cultura de que a mulher precisa dar conta de tudo sozinha gera exaustão e prejudica seu desempenho.

Aprendizados e Reflexões Finais

Ao final da conversa, Natália compartilhou três lições fundamentais para as mulheres empreendedoras e profissionais:
1. Autoconhecimento é a base de tudo: Se conhecer permite que a mulher faça escolhas alinhadas com sua essência e pare de tentar corresponder a expectativas externas.
2. Escuta e intenção são fundamentais nos relacionamentos: Antes de falar, pergunte-se: “Qual é minha intenção com essa conversa?” Estar presente e ouvir genuinamente fortalece conexões.
3. O amor pelo que se faz é essencial para sustentar o trabalho: A paixão pelo ofício permite enfrentar as dificuldades e manter a motivação no longo prazo.

Conclusão: uma comunicação que transforma

Natália Leite nos mostrou que a comunicação assertiva vai muito além de técnicas – ela está diretamente ligada à autogestão, ao autoconhecimento e ao posicionamento. Sua mensagem inspira mulheres a desafiar crenças limitantes, estabelecer limites saudáveis e ocupar seu espaço no mundo com confiança.

Essa conversa foi mais do que uma aula sobre comunicação; foi um chamado para que cada mulher reconheça seu valor, se expresse com autenticidade e construa relações baseadas no respeito e na clareza.

Se você deseja aprender a falar e ser ouvida, comece se conhecendo, estabelecendo limites e treinando sua voz no mundo. Porque quando uma mulher se posiciona, ela não apenas transforma sua vida, mas também inspira outras a fazerem o mesmo.
Vamos juntas?