Três pontos para deixar de sobreviver e começar a viver

Por muito tempo eu fui passageira da minha vida, levada por diferentes motoristas. A cada viagem, eu reclamava da paisagem, machucava-me pelo caminho, culpava o motorista. Outras vezes, o passageiro ao meu lado; outras o tempo, o carro. Vivia no mundo da fantasia, onde alguém planejava o destino da viagem e eu seguia o roteiro.

Estava domesticada pelo sistema, querendo agradar aos meus pais, aos amigos, a pessoas que eu nem conhecia. Cada dia com uma máscara nova: algumas que eu mesma produzi; outras que me foram impostas.

Fui ao famoso “fundo do poço”. Um poço profundo que eu mesma cavei por me conectar com pessoas que não têm os mesmos valores que eu. Resolvi sair dali, sentar no banco do motorista e escrever cada roteiro das próximas viagens.

Resolvi utilizar a inteligência, lembrando que a palavra inteligência vem de intelligere, que vem de intus (dentro) e lègere (escolher). Logo, decidi escolher dentro de mim. Aqui descobri o elixir e deixei de sobreviver para viver.

Comecei a descobrir a minha verdadeira identidade, quem eu realmente sou, quais são as minhas crenças, os meus valores e, assim, traçar o meu destino. Tive e tenho muitos desafios (fica a sugestão que sempre faço a mim mesma e aos meus clientes: toda vez pensarmos em pronunciar a “dificuldade”, pronunciar “desafio”).

Vou confessar que dói muito saber que sou a criadora de tudo e ter consciência de que as minhas escolhas de ontem não estavam sendo feitas por mim.

É preciso coragem para fazer o que tem que ser feito. Esses dias, alinhando um projeto com uma parceira mineira, uma pessoa com muita experiência, de uma geração diferente da minha, ela me contava de uma trilha com gestores da mineração, em que o primeiro tema pedido pelo RH foi coragem. Coragem? Isso mesmo! Ela é o primeiro passo. Fico feliz vendo as empresas começarem a enxergar isso, por elas enxergarem cada profissional na sua integralidade.


Coragem é a ação que vem do coração e nos liberta de medos. É a base, pois só a coragem permite que a ação seja feita.

Então, vamos ter coragem? Vamos evoluir juntos?

O primeiro ponto é irmos em busca da nossa própria luz. Termos a coragem de nos conhecer, de sentar no banco do piloto e buscar a nossa identidade. É o “eu comigo”.

O segundo ponto é nos conectarmos com a luz do outro, por verdade. Só assim formamos um campo de amor, que nos une por confiança. É o “eu com o outro”.

O terceiro ponto é a ação! Só pela ação é que servimos com o nosso melhor. É a nossa entrega de valor ao mundo. E só quem sabe o seu destino, o seu propósito, age com constância. É o “eu com o todo”.

Esses três pontos são os pilares que me levaram para a vida e alicerçam hoje todas as nossas jornadas na InspireAção. Sinta se eles fazem sentido para você. Pergunte-se para o seu eu de hoje: você está sobrevivendo ou vivendo?
Escolha o que quer! O mundo é abundante e de infinitas possibilidades.

E como nosso foco é progredir, vamos juntos?
Vamos sentar na posição de piloto que escolhe por vontade própria o seu destino?
É preciso libertar-se do medo e agir! É preciso coragem!
Já dizia Lao-Tsé, fundador do taoísmo: “Uma longa viagem começa com um único passo”.
Dê o primeiro passo, pois queremos um eu melhor, as pessoas à nossa volta melhores, um mundo melhor.
Vamos juntos?
Porque juntos somos +